Certas vezes, imagino-me como um velho frasco, daqueles bem resistentes e tampado com rolha de cortiça, guardando há muito tempo tudo que há de ruim.
Cânceres auto-sustentáveis. Pensamentos nocivos. Sonhos demasiados.
Um pouco de auto-destruição inocente.
Tudo impregnado nos órgãos. Como um metal pesado que contamina uma cadeia alimentar.
E quando eu morrer, tudo há de se escorrer livremente, como um termômetro quebrado.
Talvez a natureza transforme o lixo em nutriente inspirador para as próximas gerações. Talvez intoxique mais sonhadores, transformando a covardia em coragem.
O orgulho em sorrisos sinceros.
Mágoa em amor.
Tudo em um novo alguém.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
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