quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Dor e Glória - Reta final

Pra quem não sabe, eu to fazendo um curso de guardião de piscinas ministrado pelo Corpo de Bombeiros. O curso é muito legal e eu to muito realizado. Eu entrei nesse curso pra me preparar pro meu real objetivo, que é passar no concurso e me formar Guarda-Vida. Não é nada fácil. O curso de Guarda-Vidas é pedreira, é longo e pouca gente se forma. O fato é que muita gente faz a prova e entra no curso achando que a vida de guarda-vidas é moleza, que a mulherada cai em cima e o trabalho é pouco. Sabe, no começo eu até pensava que o GV tinha mesmo só glória. Não é bem assim. Hoje eu tenho uma visão bem mais ampla do que é ser um GV. E cada dia que passa eu tenho mais certeza que é isso que eu quero pra mim.

Então, voltando ao curso de guardiões de piscina, ele até que é bem tranquilo perto do que é o curso de guarda-vidas, que acontece diretamente no GMAR. Mas não é tão fácil assim. Já houveram três desistentes. Quase todo dia, alguém passa mal. O preparo físico é muito importante e eu to fazendo o que eu sei fazer de melhor, que é nadar. Minha resistência melhorou 100%. Os treinos que eu dava antes não mais o suficiente pra me cansar. Desde que voltei a nadar, não tenho mais fumado um cigarro, mesmo que eu fumasse só as vezes (sim, isso existe, e não é pra qualquer um fracote que se rende não). É uma vida nova e eu me sinto renovado, e logo logo vou estar trabalhando no que eu mais gosto, no que eu descobri gostar, que é a área de socorrista. É gostoso você ter domínio da situação, saber proceder. Quando um cara se torna socorrista, ele deixa pra trás a vida de cidadão comum e passa a viver como um novo cidadão. Ele vai ser socorrista 24h por dia, sempre que precisar, sempre que precisarem. Ele vai ter a maior responsabilidade do mundo, que é zelar pela vida de outras pessoas.

O curso já está no final, estamos na última semana. A prova será na terça-feira. Esta é só uma das etapas que eu vou percorrer até chegar no patamar que eu almejo, o patamar dos guarda-vidas, os filhos de Netuno. Eu ainda sou peixinho, mas amanhã serei golfinho!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Se a covardia matasse


Existe uma linha tênue entre viver e existir.
Há quem diga que você deva usar o filtro solar, eu não vou dizer que não é um conselho bom porque é sim. O problema das pessoas é não querer caminhar, ou querer pular as etapas como se pega uma carona. Tem gente que se amedronta ao ver as curvas que atrapalham o seu lindo caminho. Isso as desanima e as mata sem que percebam. Essas pessoas se olham no espelho, se levantam de manhã e se alimentam, e vão pra cama como nós, mas estão mortas. E a maioria delas não sabe.

Eu fico me perguntando o que leva alguém a usar muletas quando suas pernas são sadias. Se olhar no espelho e não sentir nada, nem um grito vindo de dentro. Isso é pior que a morte, a falta de expectativa, a falta de vontade, falta de tudo. Eu me dei conta de que pessoas assim não te acrescentam em nada e depois de tudo que você fez para tentar salvá-las, você percebe que simplismente não dá pra salvar alguém de si mesmo. E isso não é nada fácil. É como ver alguém se afogar numa piscina que você não pode entrar.

Então meu amigo, se você tem sonhos, metas e uma voz que grita dentro de você, eu te aconselho a evitar esse tipo de gente. Valorize sua estrada e seus esforços, não deixe esse tipo de gente sugar você. A covardia e o desânimo não só matam como também são muito contagiosos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Legal é poder sentir saudade


Aos meus vinte anos eu posso dizer que aprendi tanta coisa que o meu respeito vale muito para os mais velhos. E é assim que você percebe as mudanças, quando fica um bom tempo numa ilha deserta e de repente você é resgatado, e então você se assusta quando se olha no espelho de novo. Eu estive num lugar que não é mais o mesmo. Deixa eu explicar a você.

A vida é um jogo, você já deve ter lido ou ouvido isso certamente, mas pouca gente entende que nesse jogo muitas vezes somos as peças e não os jogadores. Eu fui peça. Já andei casinhas e já voltei pro final. Eu percebi, além de tudo, que precisava fazer a barba depois de tanto tempo naufragado. Eu visitei lugares e percebi suas mudanças, senti falta das pessoas que me cercavam. Eu fui peça. Eu achava que pensar no futuro era o mesmo que ter uma meta. Você percebe que tem uma meta quando algo sustenta você quando você já não aguenta mais, então você fecha os olhos e só enxerga aquela estrada, aquelas pessoas, e aquele você que você quer alcançar. Pois é, meu brother, eu fui peça. Hoje eu sou jogador.

E é tão bom poder respirar outro ar. É tão bom sentir saudade do presente.