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Mostrando postagens de setembro, 2010

Ressaca

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Amigos, cerveja, chuva, rock and roll. Coisas tão pequenas. Tão importantes. As vezes eu penso o seguinte: pra quê construir um castelo de areia quando se sabe que a onda vai vir e foder com tudo? É, eu sei que mesmo assim é algo que não dá pra deixar de fazer. Todo mundo sempre diz que o fim é o menos importante, que a trajetória é o que vale de verdade, mas quando chega o fim, todo mundo fica fudido. Ontem eu fiz 21 anos. E aí? Eu pude ver como as coisas se repetem num ritmo frenético que nos obriga a deitar e se levantar do chão diversas vezes, e tudo isso pra que possamos aprender coisas que já aprendemos antes mas que que martelam na nossa cabeça de que nunca é o bastante. O único problema é que se levantar toda hora cansa demais, você faz um castelo, depois faz outro e outro e é divertido mas quando volta pra casa você vê que tá com a calça cheia de areia. E aí a gente se levanta, se reúne, bebe, ri, lembra, e no meu caso, pensa na fragilidade das coisas. No que é que faz valer a...

Ossos quebrados

Olha só, o tempo ficou pesado e difícil de carregar. Sanduíches parecem pedra. Tudo faz lembrar o pouco sal da comida, a falta do açúcar nos doces, a falta de propósito em esperar. E nós fingimos estar de pé, mesmo quando nossos joelhos roçam o chão, e nada pode nos impedir de sangrar, nem um gostoso dia na praia, nem as estrelas presas numa calça jeans, e nem aquela risada que só você sabe dar. E eu juro, juro por tudo e solenemente, que nunca mais vou beber se essa ressaca passar.