domingo, 19 de setembro de 2010

Ressaca


Amigos, cerveja, chuva, rock and roll. Coisas tão pequenas. Tão importantes.

As vezes eu penso o seguinte: pra quê construir um castelo de areia quando se sabe que a onda vai vir e foder com tudo? É, eu sei que mesmo assim é algo que não dá pra deixar de fazer. Todo mundo sempre diz que o fim é o menos importante, que a trajetória é o que vale de verdade, mas quando chega o fim, todo mundo fica fudido.

Ontem eu fiz 21 anos. E aí? Eu pude ver como as coisas se repetem num ritmo frenético que nos obriga a deitar e se levantar do chão diversas vezes, e tudo isso pra que possamos aprender coisas que já aprendemos antes mas que que martelam na nossa cabeça de que nunca é o bastante. O único problema é que se levantar toda hora cansa demais, você faz um castelo, depois faz outro e outro e é divertido mas quando volta pra casa você vê que tá com a calça cheia de areia.

E aí a gente se levanta, se reúne, bebe, ri, lembra, e no meu caso, pensa na fragilidade das coisas. No que é que faz valer a pena, o que é que traz a estabilidade, a segurança que toda pessoa quer e precisa e por mais que você ache que é independente, você está terrivelmente enganado pois não existe cabeça sem pescoço, nem pescoço sem ombros e por aí vai.

Então, o que é que faz valer a pena? A trajetória, o presente, o respeito, eu não sei mais. Acho que nunca soube. O fim não é importante, a maioria não tem medo dele, mas a onda sempre vem. O futuro um dia vira presente. O respeito fica pra depois. E se você é especial hoje, amanhã pode não ser mais, pois esse posto é sempre de uma só pessoa, então se chega outra, a pessoa especial vira um nada. Palavras de alguém que já foi especial pra mim assim como fui pra ela, mas que hoje já não significa mais nada.

Mas o que me intriga mesmo é a fragilidade de tudo que a gente julga ser especial. Talvez exista mesmo um lugar onde as coisas não sejam tão frágeis quanto aqui, e que a gente ão precise se levantar tanto. Eu já fiz 21 anos, e não quero mais tratar pessoas importantíssimas como uma pessoa qualquer. Dividir sua intimidade, sua vida, sua cama, seu dia-a-dia com alguém e, do nada, ter que tratar essa pessoa como uma colega ou uma estranha, isso é muito ruim. Essa sensação não tem nome. E é essa necessidade que eu não consigo entender.

2 comentários:

  1. Muitos acham que mãe é sempre careta, repressora, chata, cobradora e etc...etc...etc, mas filho é um pedaço dela, pois foi dentro dela q ele foi gerado, cresceu, conviveu intimamente por 9 meses e um dia veio pra esse mundo cheio de surpresas, algumas vz boas outras muito ruins...o pai ? Na mioria das vz ta ausente a tudo isso, tirando raras excessões...então, literalmente "filho" é da mãe !!
    Não é mais "foda-se ninguem le mesmo", pois vou estar sempre aqui...lendo, te olhando,te criticando qdo necessario se fizer, te apoiando e acima de tudo e eternamente TE AMANDO !

    ResponderExcluir
  2. A verdade é que a gente só vai entender as coisas que acontecem na vida da gente...la na frente. O por que de tanto cair e tanto levantar...é o que nos faz fortes, claro, mas também, pode nos deixar mais amargos. De uma coisa voce pode ter certeza, amores vem, amores vão...só o amor de mãe(e de Deus, pra quem cre), é o que continua ali...sempre presente. Na verdade a base de todo relacionamento é o amor incondicional...que entende tudo, suporta tudo, e que não acaba nunca, mesmo havendo o desgaste da relação(que acontece em todos os relacionamentos), mesmo havendo dificuldades de qualquer natureza...sabe, amar machuca sim, mas não tem como viver sem algo tão sublime na vida da gente. O que eu sei é que, só fui amada de verdade, pela minha mãe. Homem nenhum, nenhum nessa vida, me amou da forma como ela me amou e da forma como amo meu filho...o resto, pra falar a verdade, é RESTO!
    Brenoca, vc é VIP pra mim...sempre foi e quero que seja sempre!
    Te adoro e torço por voce sempre, em qualquer lugar!!!

    ResponderExcluir