Taco: "vou isolar essa porra e correr praí, entendeu?"
Ok, sabemos que não é nada raro se deparar com textos desse tipo pela rede. E convenhamos, todos temos um certo apresso pela nossa infância, uma certa lealdade pela nossa geração. Mas será que vale a pena se sentir superior ou privilegiado, ou até mesmo implicar com alguém por causa disso?
Lembro uma vez em que era garoto, e brincava no corredor da minha casa com um carrinho de controle remoto, daqueles que eram vendidos nessas lojas de rua e eram um trambolhão. E eu ficava maravilhado com aquela porra. O meu avô parou, ficou olhando, e disse:
- Na minha época, a gente brincava com carrinho de madeira.
Lembro que, na época, me senti ridicularizado, pois não tinha maturidade para entender que cada geração possui o seu auge, o seu brilho e a sua nostalgia. Então pera lá, não somos tão especiais assim só porque jogávamos gameboys em preto e branco ao invés de PSPs, ou brincávamos na rua ao invés de lan houses.
Tudo bem, não serei hipócrita. Continuo achando minha geração muito mais nostálgica, mais fantasiosa e mais divertida. Mas vejamos de forma imparcial: nosso senso de superioridade deve superar o apresso? Sem dúvidas que prefiro meu antigo carrinho de controle remoto à um super brinquedo atual, mas será que meu avô prefere o meu brinquedo ao seu carrinho de madeira? Achamos os desenhos de hoje um saco, mas nossos pais também acham os nossos um saco! Minha mãe sempre falava de um tal de Jonny Quest e me zoava enquanto eu assistia os X-men e o Homem Aranha...
Só uma coisa me preocupa na geração atual: a alienação. Fora isso, crianças, ouçam Justin Bieber a vontade, é legal, ele fala sobre o primeiro amor dele, sobre o crescimento dele, é bonitinho. Brinquem a vontade com seus brinquedos super modernos, mas não esqueçam de interagirem entre si. E façam um esporte, que é importante.
E pros adultinhos, vamos parar de promover esse ódio entre as gerações, afinal já estamos bem grandinhos, né?
Nunca se esqueça!