quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Battlefield

Queria poder dormir uma última noite com você, abraçados, sem preocupações com o futuro ou interrupções do passado. Sem mágoas, sem ressentimentos, sem raiva, sem pessoas ou compromissos. Nós, só.

E depois, o que fazemos? 

Cada um pro seu canto. Cada um vestiria sua armadura completa de samurai orgulhosos que somos e voltaríamos a comandar nossas injúrias um contra o outro.

Voltaríamos ao campo de batalha como sempre foi. 

''sempre''.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

É tempo de falir


Roteiro: Breno Bonioli
Arte: Sam Loyola

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Choque de gerações

"Na minha época, minha mãe gritava PRA DENTRO, e não tínhamos celular. Brincávamos com tamagochis, e não com nossos iPhones. Jogávamos bolinhas de gude, taco, pique-esconde, e não passávamos nossos aniversários em lan houses..."


Taco: "vou isolar essa porra e correr praí, entendeu?"


Ok, sabemos que não é nada raro se deparar com textos desse tipo pela rede. E convenhamos, todos temos um certo apresso pela nossa infância, uma certa lealdade pela nossa geração. Mas será que vale a pena se sentir superior ou privilegiado, ou até mesmo implicar com alguém por causa disso?

Lembro uma vez em que era garoto, e brincava no corredor da minha casa com um carrinho de controle remoto, daqueles que eram vendidos nessas lojas de rua e eram um trambolhão. E eu ficava maravilhado com aquela porra. O meu avô parou, ficou olhando, e disse:

- Na minha época, a gente brincava com carrinho de madeira.

 Lembro que, na época, me senti ridicularizado, pois não tinha maturidade para entender que cada geração possui o seu auge, o seu brilho e a sua nostalgia. Então pera lá, não somos tão especiais assim só porque jogávamos gameboys em preto e branco ao invés de PSPs, ou brincávamos na rua ao invés de lan houses.

Tudo bem, não serei hipócrita. Continuo achando minha geração muito mais nostálgica, mais fantasiosa e mais divertida. Mas vejamos de forma imparcial: nosso senso de superioridade deve superar o apresso? Sem dúvidas que prefiro meu antigo carrinho de controle remoto à um super brinquedo atual, mas será que meu avô prefere o meu brinquedo ao seu carrinho de madeira? Achamos os desenhos de hoje um saco, mas nossos pais também acham os nossos um saco! Minha mãe sempre falava de um tal de Jonny Quest e me zoava enquanto eu assistia os X-men e o Homem Aranha...

Só uma coisa me preocupa na geração atual: a alienação. Fora isso, crianças, ouçam Justin Bieber a vontade, é legal, ele fala sobre o primeiro amor dele, sobre o crescimento dele, é bonitinho. Brinquem a vontade com seus brinquedos super modernos, mas não esqueçam de interagirem entre si. E façam um esporte, que é importante.

E pros adultinhos, vamos parar de promover esse ódio entre as gerações, afinal já estamos bem grandinhos, né?

Nunca se esqueça!

terça-feira, 10 de abril de 2012

This feeling

Perdoar é uma virtude do amor.
Ir até o final é uma virtude do ódio.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Privação

Por entre os cacos de vidro, nós caminhamos
e rimos das bravatas mais antigas
será que um dia teremos tudo aquilo de novo?
Não esperar por mais caprichos de um povo omisso
que nada tem a ver com isso, com eles, conosco
e sempre, sempre lembrarei de quando éramos novos
e toda a nossa euforia se traduzia
em discos, e amigos e sempre, sempre lembrarei de quando éramos novos
será que um dia teremos tudo aquilo de novo?

domingo, 8 de abril de 2012

Lista pra amanhã

- Acordar não muito tarde.
- Preparar a aula da minha mãe.
- Malhar.
- Aula de química.
- Correr.

suave.

domingo, 25 de março de 2012

Passado profano

Um tiro na boca e um pouco de câncer
um prato de mágoas e um copo de veneno
E se o cigarro acabou, eu vou beber o seu sangue
para absorver todas as suas doenças.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Make up

Ternos, vinhos, cigarros e maquiagens.
Um allstar branco meio que encardido.
Uma risada ali, um olhar correspondido. Depois um chamado singelo com a mão.
Uns drinks também. E uma dança desengonçada, porém divertida.
E tatuagens. Tintas e estilos.
Uma despedida que arde a alma e queima os lábios.
Mensagens e promessas de terminar uma noite ainda inacabada.
Os amigos, e a estrada pra Buzios.
E aquela espera. Ah, meu amigo...

... afinal, todo mundo já quis que uma noite não acabasse nunca.